B4 – Da União Ibérica à Restauração

Posted: January 25, 2015 in Uncategorized

B4 Da união Ibérica à Restauração

Em finais do século XVI, Portugal entrou numa crise económica provocada por uma quebra do comércio marítimo.

Com apenas 14 anos, D. Sebastião ao trono e sucedeu ao seu avô, D. João III.

 

Alcácer Quibir e a morte de D. Sebastião

Sem qualquer experiência, D. Sebastião deixou-se facilmente influenciar por alguns membros da nobreza que ambicionavam novas conquistas e o convenceram a organizar uma campanha militar ao Norte de África

Assim, o jovem rei comandou um exército que, apesar de numeroso, sofreu uma pesada derrota na Batalha de Alcácer Quibir.

  1. Sebastião nunca chegou a ser encontrado, pelo que foi considerado morto, o que originou um problema de sucessão ao trono português.

 

A sucessão ao trono

Não tinha filhos, logo não tinha sucessores diretos.

Durante 2 anos, o reino português ficou entregue ao Cardeal D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião (1578-1580), já com muita idade e doente.

Em 1580, quando o Cardeal morreu, apresentam-se como candidatos ao trono:

  • Catarina, duquesa de Bragança:
    • Não conseguiu reunir apoios suficientes.
  • António, Prior do Crato.
    • Foi aclamado pelo povo, que o chegou a aclamar rei em Santarém.
  • Filipe II, rei de Espanha.
    • Apoio da nobreza, da burguesia e do alto clero (esperavam obter novos cargos e riquezas)
  • (Netos de D. Manuel I)
  1. António, Prior do Crato e D. Filipe II confrontaram-se:
  • Batalha de Alcântara:
    • António: exército popular, 8000 homens.
      • Derrota fácil e vitória de D. Filipe II.
    • Batalha na Ilha da Terceira:
      • Derrota de D. António, vitória de Filipe II.

O domínio filipino

  1. Filipe II foi aclamado rei nas Cortes de Tomar, com o título de Filipe I de Portugal (mas Filipe II de Espanha).

Reinado de 60 anos, fez várias promessas nas Cortes de Tomar:

  1. Respeitar usos e costumes.
  2. Manter a língua e a moeda.
  3. Entregar os cargos do governo e administração a portugueses.
  4. Manter o comércio ultramarino nas mãos dos portugueses.

Durante o seu reinado, Filipe I, Portugal viveu um período de paz e algum desenvolvimento.

No entanto, os seus sucessores não honraram os compromissos:

  • Espanha entra em crise devido a guerras com vários países da Europa.
  • Para ajudar a manter os custos de guerra, os portugueses foram obrigados a pagar elevados impostos a Espanha e a combater por terras e interesses que não eram os seus.
  • Inimigos espanhóis começam a atacar colónias portuguesas.
  • Nobreza não tinha recebido cargos que ambicionava.
  • Burguesia vê reduzir os seus lucros devido à concorrência de Holandeses, Ingleses e Franceses (sobretudo no Brasil).
    • Motins populares:
      • Revolta do Manuelinho, Évora, 1637
        • Repressão violenta.

 

A restauração da independência

Revolta do 1.º de Dezembro

Alguns membros da nobreza começaram a organizar uma conspiração, que tinha como objectivo colocar no trono português D. João, duque de Bragança.

A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de nobres portugueses:

  • Invadiu o Paço da Ribeira e prendeu o representante do rei espanhol em Portugal, a duquesa de Mântua.
  • Português Miguel de Vasconcelos, que apoiava os espanhóis, foi morto e lançado à rua, acusado de traição à pátria.
  • João IV foi aclamado rei de Portugal: Dinastia dos Braganças.

Guerra da Restauração

  1. João IV ordenou:
  • Construção de fortalezas, junto à fronteira com Espanha.
  • Reorganização do exército.
  • Fabrico de armas.
  • Busca de apoio de inimigos de Espanha, como França e Inglaterra.
  1. João IV morre (1656) e reina o seu filho, D. Afonso VI. Prossegue a Guerra da Restauração. Eis algumas duras batalhas:
  • Linhas de Elvas.
  • Montes Claros.
  • Castelo Rodrigo.

A Guerra da Restauração termina em 1668, com a assinatura de um Tratado de Paz entre D. Pedro II (irmão de D. Afonso VI) e o rei de Espanha.

O reconhecimento da independência foi obtido 1 ano depois, em 1669.

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