B4 Da união Ibérica à Restauração
Em finais do século XVI, Portugal entrou numa crise económica provocada por uma quebra do comércio marítimo.
Com apenas 14 anos, D. Sebastião ao trono e sucedeu ao seu avô, D. João III.
Alcácer Quibir e a morte de D. Sebastião
Sem qualquer experiência, D. Sebastião deixou-se facilmente influenciar por alguns membros da nobreza que ambicionavam novas conquistas e o convenceram a organizar uma campanha militar ao Norte de África
Assim, o jovem rei comandou um exército que, apesar de numeroso, sofreu uma pesada derrota na Batalha de Alcácer Quibir.
- Sebastião nunca chegou a ser encontrado, pelo que foi considerado morto, o que originou um problema de sucessão ao trono português.
A sucessão ao trono
Não tinha filhos, logo não tinha sucessores diretos.
Durante 2 anos, o reino português ficou entregue ao Cardeal D. Henrique, tio-avô de D. Sebastião (1578-1580), já com muita idade e doente.
Em 1580, quando o Cardeal morreu, apresentam-se como candidatos ao trono:
- Catarina, duquesa de Bragança:
- Não conseguiu reunir apoios suficientes.
- António, Prior do Crato.
- Foi aclamado pelo povo, que o chegou a aclamar rei em Santarém.
- Filipe II, rei de Espanha.
- Apoio da nobreza, da burguesia e do alto clero (esperavam obter novos cargos e riquezas)
- (Netos de D. Manuel I)
- António, Prior do Crato e D. Filipe II confrontaram-se:
- Batalha de Alcântara:
- António: exército popular, 8000 homens.
- Derrota fácil e vitória de D. Filipe II.
- Batalha na Ilha da Terceira:
- Derrota de D. António, vitória de Filipe II.
- António: exército popular, 8000 homens.
O domínio filipino
- Filipe II foi aclamado rei nas Cortes de Tomar, com o título de Filipe I de Portugal (mas Filipe II de Espanha).
Reinado de 60 anos, fez várias promessas nas Cortes de Tomar:
- Respeitar usos e costumes.
- Manter a língua e a moeda.
- Entregar os cargos do governo e administração a portugueses.
- Manter o comércio ultramarino nas mãos dos portugueses.
Durante o seu reinado, Filipe I, Portugal viveu um período de paz e algum desenvolvimento.
No entanto, os seus sucessores não honraram os compromissos:
- Espanha entra em crise devido a guerras com vários países da Europa.
- Para ajudar a manter os custos de guerra, os portugueses foram obrigados a pagar elevados impostos a Espanha e a combater por terras e interesses que não eram os seus.
- Inimigos espanhóis começam a atacar colónias portuguesas.
- Nobreza não tinha recebido cargos que ambicionava.
- Burguesia vê reduzir os seus lucros devido à concorrência de Holandeses, Ingleses e Franceses (sobretudo no Brasil).
- Motins populares:
- Revolta do Manuelinho, Évora, 1637
- Repressão violenta.
- Revolta do Manuelinho, Évora, 1637
- Motins populares:
A restauração da independência
Revolta do 1.º de Dezembro
Alguns membros da nobreza começaram a organizar uma conspiração, que tinha como objectivo colocar no trono português D. João, duque de Bragança.
A 1 de Dezembro de 1640, um grupo de nobres portugueses:
- Invadiu o Paço da Ribeira e prendeu o representante do rei espanhol em Portugal, a duquesa de Mântua.
- Português Miguel de Vasconcelos, que apoiava os espanhóis, foi morto e lançado à rua, acusado de traição à pátria.
- João IV foi aclamado rei de Portugal: Dinastia dos Braganças.
Guerra da Restauração
- João IV ordenou:
- Construção de fortalezas, junto à fronteira com Espanha.
- Reorganização do exército.
- Fabrico de armas.
- Busca de apoio de inimigos de Espanha, como França e Inglaterra.
- João IV morre (1656) e reina o seu filho, D. Afonso VI. Prossegue a Guerra da Restauração. Eis algumas duras batalhas:
- Linhas de Elvas.
- Montes Claros.
- Castelo Rodrigo.
A Guerra da Restauração termina em 1668, com a assinatura de um Tratado de Paz entre D. Pedro II (irmão de D. Afonso VI) e o rei de Espanha.
O reconhecimento da independência foi obtido 1 ano depois, em 1669.