Módulo 4 – A Europa nos Séculos XVII e XVIII – Sociedade, Poder e Dinâmicas Coloniai

Posted: May 18, 2014 in Uncategorized

Para o teste sai também: Sociedade e poder em Portugal: preponderância da nobreza fundiária e mercantilizada (Página 51 à 55)

Absolutismo joanino: consultar página 67, os 6 pontos respetivos. Isto substitui o estudo das páginas 59 à 66.

Não sai: criação do aparelho burocrático do Estado absoluto no século XVII (páginas 56-58). Estava também no caderno diário.

Toda a restante matéria sai, incluindo a nobreza de toga/rural… (referido na aula de hoje e que estava em dúvida). Tenham em atenção o que já foi dito na aula acerca dos pontos que interessam e não interessam no manual.

Dentro da medida do possível irei colocar conteúdos aqui.

1.1 A população na Europa nos séculos XVII e XVIII

A demografia referente aos séculos XVII e XVII, designada “Demografia antiga”, carateriza-se por:

  • Grandes flutuações nos índices da população:
    • Diminuição ou estagnação.
    • Crescimento.

Isto deve-se a:

  1. Maior ou menor disponibilidade dos recursos alimentares.
  2. Preço dos cereais.
  3. Alterações climáticas.
  4. Epidemias.
  5. Estado de guerra.
  6. Condições de higiene e saúde pública.
  7. Condições materiais da vida das populações.

No regime demográfico antigo pode estabelecer-se uma diferença entre o século XVII e XVIII:

  1. Século XVII: recuo ou estagnação populacional.
  2. Século XVIII: progressivo e irreversível crescimento da população.

Século XVII

  • As mulheres casavam tarde.
  • Elevadas taxas de natalidade mas também elevadas taxas de mortalidade.
  • Mortalidade infantil elevada.
    • Esperança de vida baixa (30 a 33 anos de idade).

Economia pré-industrial:

  • Definição: Tipo de economia, essencialmente agrícola e de subsistência, em que a maior parte da população se dedica à agricultura para prover as necessidades alimentares. A ausência de desenvolvimento técnico não permite a criação de um número significativo de excedentes.
  • Tipo:
    • Base cerealífera. Técnicas agrícolas arcaicas.
    • Recurso ao pousio.
    • Estado de subalimentação crónica:
      • Dependente das condições climáticas.
      • Agravamento devido à dificuldade em conservar as sementes.
      • Deficientes condições de abastecimento das populações (Transporte e Comunicações).
      • Barreiras alfandegárias entre as regiões.
  • Críses de produção cíclicas.
    • Epidemias, fomes e guerras agravam situação.

Crises demográficas: É um período de elevada mortalidade, em que os óbitos mais do que duplicam face aos batismos. É acompanhada pela diminuição dos casamentos e das conceções.

Século XVIII

Ao longo do século XVIII, verificaram-se melhorias nos indicadores populacionais:

  • Diminuição da frequência e intensidade das crises demográficas.
  • Menor frequência de pestes, fomes e guerras.

Os fatores:

  1. Melhorias climáticas: boas colheitas. Diminuição das crises de subsistência.
  2. Introdução de novos alimentos, como o milho e a batata (bem como fruta). Alimentação mais diversificada e equilibrada.
  3. Melhoria dos transportes: maior circulação de bens alimentares.
  4. Melhoria das condições de vida: uso da telha (ao invés do colmo), vidraças. Casas menos frias e com mais higiene.
  5. Promoção de medidas de saúde pública por parte dos Estados e governos: quarentenas, lazaretos (tratar dos leprosos) e dispensários (doentes desfavorecidos).
  6. Aparecimento da ratazana. Elimina o rato negro.
  7. Uso do quinino para ajudar a debelar as febres. Jenner descobre a vacina contra a varíola.
  8. Assistência durante o parto, por médicos, parteiras. Uso de instrumentos mais adequados (forceps). Criação de maternidades.
  9. Uso do vestuário de algodão.
  10. Alteração dos cuidados com as crianças: berço, amamentação, …

2.1 Estratificação social e poder político nas Sociedades do Antigo Regime

Antigo Regime: designa a forma de governo e o tipo de sociedade que terminaram com a Revolução Francesa, em 1789, ou com as revoluções liberais. Políticamente, este período foi marcado pelo absolutismo de direitos divino e pela centralização do poder nas mãos do rei. Socialmente, caracterizou-se por uma sociedade tripartida, hierarquizada e estratificada (Clero, Nobreza e Terceiro Estado ou Povo).

Ordem/Estado: Designa uma categoria social, uma posição de hierarquia, cujo prestígio e dignidade estão associados ao nascimento e à função desempenhada na sociedade.

Aparelho burocrático do Estado Absoluto (Página 56)

Reforço da centralização do poder régio:

  • Rei Filipe II:
    • Reforma do sistema administrativo:
      • Ordenações Filipinas (1603) – obra legislativa do reino.
      • Criação da Casa da Relação do Porto (tribunal)
      • Fixação da Casa da Suplicação em Lisboa (tribunal de justiça da corte)
    • Rei D. João IV (Restauração 1640 – subida ao poder)
      • Objetivos:
        • Reconstituir a administração central.
        • Recompensar a nobreza com cargos políticos.
      • Organismos criados (para ajudar o rei na governação, e cada vez mais complexos e burocratizados):
        • Conselhos
          • Conselho de Guerra.
          • Junta dos 3 Estados.
          • Conselho da Fazenda.
          • Conselho Ultramarino.
          • Conselho de Estado: principal órgão central e de aconselhamento da decisão política.
        • Criação de 2 secretarias
          • Secretaria das MercÊs e Expediente.
          • Secretaria da Assinatura.
        • Rei D. Afonso VI (1643-1683)
          • Declínio dos Conselhos.
          • Perda de poder por parte dos secretários (deixam de interferir na condução de assuntos políticos).
          • Restauração do cargo de escrivão da puridade (atribuição de privilégios e doações) “Tudo o que pertence ao Estado desta coroa se expedirá por sua ordem e ofício”.
            • Esta medida irá provocar alguma ira da Aristocracia, pois o rei ganha mais poderes. De tal forma que o próprio cargo do escrivão da puridade irá desaparecer!
          • Pedro II
            • Convocou as Cortes 3 vezes (mais com carácter simbólico que político)
            • As cortes de Lisboa (1697-98) foram as últimas.
            • Cortes: tornam-se um órgão consultivo. Ganham poder mais tarde, dando novamente poderes aos Conselhos de Estado.
          • João V
            • Processo de centralização de poder atinge o seu auge/pico com D. João V (Absolutismo Joanino).

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