- 2.1 Da queda da 1ª República ao golpe militar de 28 de Maio
Os antecedentes da queda da 1.ª República
1910-1926:
- Portugal era um país pobre.
- Vida no campo era dura. Trocavam o campo pela cidade.
- Salários baixos.
- Trabalho infantil era uma realidade.
- Descontentamento e desordem e manifestações (reagidas com incompreensão e despedimentos).
- Sucessivos governos.
Perante esta realidade, as pessoas acreditavam na necessidade de um governo forte.
Assim:
- 28 de Maio de 1926: General Gomes da Costa e as forças militares marcham em direcção a Lisboa.(Sem qualquer resistência, nem mesmo à chegada).
- Dissolvem o Parlamento.
- Suspendem a constituição.
- Entregam a chefia do Governo ao General Gomes da Costa: estabelece a ditadura militar.
- Suspensão de muitas liberdades: direito à greve, à liberdade de expressão.
D2.2 Salazar e o Estado Novo
A situação económica deixada pelos republicanos era grave e obrigava a uma intervenção rápida e eficaz.
Em 1928, o general Óscar Carmona foi eleito Presidente da República. Convida Salazar, professor de economia na Universidade de Coimbra, para ministro das Finanças. Salazar aceitou o convite e resolveu a situação do défice financeiro em que se encontrava Portugal.
Ministro das Finanças:
- Aumentou impostos.
- Diminuiu as despesas nas áreas da saúde, da educação e dos salários dos funcionários públicos.
- Incentivou o aumento das exportações.
- Aumentou as reservas de ouro do País.
- Consegue um orçamento positivo em apenas um ano!
Em julho de 1932, Salazar assume a Presidência do Conselho de Ministros (cargo que ocupou durante 36 anos).
Política de obras públicas
- Construção de Pontes:
- Arrábida (Porto).
- Ponte Oliveira Salazar (Lisboa).
- Modernização da rede ferroviária.
- Alargamento da rede de estradas.
- Construção de barragens.
- Construção de hospitais, escolas, edifícios dos correios, tribunais e quartéis.
As restrições às liberdades
Salazar assumiu-se como um defensor da autoridade e da ordem.
Usou os seguintes instrumentos políticos:
- Censura: órgão que examinava todas as publicações (jornais, revistas, filmes e espectáculos), para impedir que criticassem o regime.
- Não havia liberdade de expressão, as pessoas não podiam dizer aquilo que pensavam, sob pena de serem presas e torturadas.
- Polícia política: constituída por inspectores que tinham como objectivo captura todos os que criticassem o governo ou que tinham sido acusados, por outros, de o ter feito. A partir de 1945, esta polícia passou a chamar-se PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado)
2.2.2 A oposição ao Estado Novo
Salazar não conseguiu travar a oposição política:
- PCP (Partido Comunista Português).
- MUD (Movimento de Unidade Democrática).
- Republicanos.
- Monárquicos.
- Católicos.
- Socialistas
- Comunistas
- 1958:
- General Humberto Delgado recolhe um apoio popular muito significativo.
- Resultados manipulados (novamente). Almirante Américo Tomás ganha.
- General é exiliado.
Salazar, convencido que seria provável uma vitória da oposição, determinou que:
- O Presidente da República passaria a ser eleito por um colégio eleitoral, isto é, pelos deputados da Assembleia Nacional, que era dominada pelo Governo.
A guerra colonial
Após a 2ª Guerra Mundial, alguns países passaram a fazer parte da ONU (Organização das Nações Unidas). Entre outras funções, vigiava a acção de países como Portugal, que tinha colónias em várias zonas do mundo e às quais se recusava a dar a independência.
Aliás, em 1961, Portugal envolve-se num conflito que ficou conhecido como guerra colonial.
Salazar respondeu com o envio de tropas portuguesas para Angola, Guiné e Moçambique.
A guerra prolongou-se por 13 anos (1961-1974):
- 8 mil soldados portugueses.
- 28 mil soldados mutilados ou gravemente feridos.
- Elevadas despesas militares.
- Isolamento de Portugal face a outros países.
Adorei. Beijnhos da tua prima Susana