- Alterações climatéricas: prejudica a produção de alimentos e colheitas.
- Carência de alimentos e fome.
- Crise económica.
- Rendimentos diminuíram.
- Dificuldades de sobrevivência.
- Pressão dos senhores.
- Originou revoltas populares.
- Transmitida pelas pulgas dos ratos que viajavam a bordo de barcos.
- Transmitiu-se rapidamente.
- Morreu cerca de 1/3 da população da Europa, o que provocou uma quebra demográfica.
Neste contexto de crise, as rivalidades entre os reinos europeus agudizavam-se, pois os reis dIVisputavam mais violentamente recursos e territórios. O mais grave foi a a Guerra dos 100 anos (1337-1453) entre França e Inglaterra.
A crise de 1383 e a formação da identidade nacional
Os efeitos da crise europeia em Portugal
Os efeitos da peste negra em Portugal foram tremendos (1348):
- Trabalhos agrícolas eram abandonados.
- Agravou-se a carência de alimentos.
Os reis tentaram:
- D. Afonso IV promulgou as Leis do Trabalho (1349).
- D. Fernando aprovou a Lei das Sesmarias (1375).
Ambas as medidas pretendiam obrigar os trabalhadores agrícolas a voltar aos campos e estabeleciam (tabelavam) os salários que deveriam ser pagos.
A implementação destas leis foi difícil e a guerra com Castela (Guerras Fernandinas) agravaria a crise em Portugal. Surgiram desvalorizações da moeda, ou seja, os produtos eram caros e a moeda era fraca.
A crise de sucessão ao trono
- Tratado fazia casar D. Beatriz, única herdeira de D. Fernando, com o rei de Castela. A coroa portuguesa seria depois herdade pelo filho de ambos, logo que fizesse 14 anos.
- Num futuro próximo, Portugal e Castela passariam a ter o mesmo rei.
Revelou-se muito impopular entre as camadas populares e a burguesia.
Quando D. Leonor de Teles torna-se regente, aclamou D. Beatriz (filha) como rainha de Portugal, posição apoiada pela grande nobreza e alto clero.
Em Lisboa, a aclamação de D. Beatriz provocou protestos. Um meio-irmão do falecido rei D. Fernando, chamado D. João, mestre de Avis, tornou-se a esperança dos descontentes:
- Instigado pelos seus apoiantes, D. João matou o Conde Andeiro, o principal executante da política pró-castelhana da regente (6/12/1383).
- Estava consumada a crise de sucessão em Portugal.
A Batalha de Aljubarrota
Alguns meses depois das Cortes de Coimbra, o exército castelhano invadiu novamente Portugal:
- Derrotados na Batalha de Trancoso (8 de junho de 1385), os castelhanos dirigiram-se de novo para Lisboa.
Novamente comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, as forças portuguesas atraíram o invasor a Aljubarrota:
- 14 de Agosto de 1385:
- Terreno estreito, desfavorável à imensa força castelhana.
- Ajuda de arqueiros ingleses.
- Armadilhas no terreno («covas de lobo»).
A vitória nesta batalha foi decisiva e a independência salva.
Uma nova era histórica
Com D. João I (nova Dinastia de Avis), o rei português casou-se com D. Filipa de Lencastre, encontrando na Inglaterra um apoio externo contra Castela e França.
Para assegurar o poder recém conquistado, o novo rei confiscou terras e bens aos poderosos que haviam apoiado Castela, entregando-a aos seus apoiantes, de condição social inferior, cobrindo-os de honras e promovendo-os à condição de nobres.
Ao povo, D. João I concedeu reuniões frequentes das Cortes, nas quais ouvia as suas queixas.
Para comemorar a vitória em Aljubarrota, D. João I mandou contruir, na Batalha, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória.